Loucura Escrita
Escrever, descrever e sobreviver.
segunda-feira, 17 de setembro de 2012
VIII- Se Queres Sofrer, Sofrerás
"Me encanta essa gente que reclama do copo quebrado
Essa gente não gosta de juntar os cacos
Essa gente quer que mais copos se quebrem
Mais e mais até um voltar inteiro
Me encanta essa gente passiva na vida
Essa gente que a gente pode cuspir na cara
Essa gente que não revida uma ofensa
Só para o povo achar que sua presença é algo agradável
Me encanta essa gente pobre de espírito
Essa gente que busca resposta no problema alheio
Essa gente que acha que o sofrimento é bom porque traz o aprendizado
Terá em vida, então, o sofrimento pois quando parar de aprender terá morrido."
VII- Vitrais
"Aquele animal estava lá,
Deitado no seu canto
Deslocado das coisas
Achando que era só perda de tempo
Vivendo po viver,
Estava ali só por estar
Dentro dele, centenas de vitrais,
Descoloridos na imensa e densa escuridão
A luz era o que faltava
Tinha perdido o brilho
Embaçado e empoeirado com o tempo
E nada parecia funcionar
Até o jovem animal encontrar
Escondido por entre os arbustos
Olhos que reluziam na alma
E isso fez seus vitrais postularem a cantar
Como um selvagem faminto espreita sua presa
O animal parecia se alimentar da atordoante beleza da fêmea
Beleza profunda e doce
Que o levou a um estado de serenidade
Que jazia na insanidade daquele sentimento
Mas o animal era covarde e estava cansado
A poeira de seus vitrais era espessa
E a luz não passava
Demorou e antes que ele pudesse pensar em tentar
Perdeu sua batalha interior
Como se não bastasse ele descobriu
Que era um parasita
Que se aproveitou do brilho nos olhos da fêmea
Que era para o cara de traz."
VI- Ignorância
"A diferença do burro para o ignorante
É que, o burro, sendo mandado a pular de um precipício
Ele não pula.
O ignorante, sim. Por se achar 'o tal'
A ignorância é o subproduto da burrice
O burro sabe discernir sobre certo e errado
O ignorante nem se dá ao luxo
O burro sabe que não sabe nada
O ignorante acha que sabe tudo
Os burros estão no caminho da sabedoria
Já os ignorantes...
Eles são o esterco da sociedade,
A ausência de raciocínio,
O declínio,
Os verdadeiros cegos,
O desperdício de fetos."
segunda-feira, 3 de setembro de 2012
V- Nada Como Antes
"Estou bêbado
E em ressaca contínua
Não sei andar na rua
Que andei quando nasci
Estou bêbado
Com uma dor contínua
Me arrastando na rua
Que andei quando nasci
Desaprendi a falar como falava
Perdi o ritmo do passo
Não olho mais para onde olhava
Ainda não sei o que faço
Então eu paro e penso
Que não penso em nada
Fico mais propenso
A ficar em casa
Então eu paro e penso
Que nada não é nada
E tudo está propenso
A voltar para casa
Desaprendi a amar como amava
Perdi o jeito como eu era
Não jogo mais como jogava
É o fim de uma era?"
E em ressaca contínua
Não sei andar na rua
Que andei quando nasci
Estou bêbado
Com uma dor contínua
Me arrastando na rua
Que andei quando nasci
Desaprendi a falar como falava
Perdi o ritmo do passo
Não olho mais para onde olhava
Ainda não sei o que faço
Então eu paro e penso
Que não penso em nada
Fico mais propenso
A ficar em casa
Então eu paro e penso
Que nada não é nada
E tudo está propenso
A voltar para casa
Desaprendi a amar como amava
Perdi o jeito como eu era
Não jogo mais como jogava
É o fim de uma era?"
IV- Essência
"Filho,
Viver não é uma tarefa das mais difíceis,
Viver é básico,
A vida é simples
O problema maior
É que somos complexos
Tão como um emaranhado de fios
Que esconde nossa essência
Nela há cores e sabores tão suaves
Que poucos tem o privilégio de conhecer."
Viver não é uma tarefa das mais difíceis,
Viver é básico,
A vida é simples
O problema maior
É que somos complexos
Tão como um emaranhado de fios
Que esconde nossa essência
Nela há cores e sabores tão suaves
Que poucos tem o privilégio de conhecer."
III- Sem Tocar Sua Pele
"Meu bem,
Eu te chuto,
Empurro com a barriga
Eu te furto
Forjo uma briga
Meu bem,
Eu te falo,
Mas você não percebe
Eu te calo,
Sem tocar sua pele
Meu bem,
Eu minto,
Para encher o ego
Eu finjo,
Que o que sinto é sincero
Meu bem,
Eu desisto,
Antes do tiro de partida
Eu existo,
E amo muito minha vida."
Eu te chuto,
Empurro com a barriga
Eu te furto
Forjo uma briga
Meu bem,
Eu te falo,
Mas você não percebe
Eu te calo,
Sem tocar sua pele
Meu bem,
Eu minto,
Para encher o ego
Eu finjo,
Que o que sinto é sincero
Meu bem,
Eu desisto,
Antes do tiro de partida
Eu existo,
E amo muito minha vida."
II- Clichês do Amor
"Amor pode encantar,
Te transformar
Amor pode dar vida,
E pode tirar
Amor pode ser sentido,
Nunca entendido
Amor pode ser esquecido,
Desconhecido
Amor pode arruinar vidas,
Deixar sem saídas
Amor pode ser de mentira,
Contos de monogamia
Amor pode ser destruído,
Até corrompido."
Te transformar
Amor pode dar vida,
E pode tirar
Amor pode ser sentido,
Nunca entendido
Amor pode ser esquecido,
Desconhecido
Amor pode arruinar vidas,
Deixar sem saídas
Amor pode ser de mentira,
Contos de monogamia
Amor pode ser destruído,
Até corrompido."
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