segunda-feira, 17 de setembro de 2012
VII- Vitrais
"Aquele animal estava lá,
Deitado no seu canto
Deslocado das coisas
Achando que era só perda de tempo
Vivendo po viver,
Estava ali só por estar
Dentro dele, centenas de vitrais,
Descoloridos na imensa e densa escuridão
A luz era o que faltava
Tinha perdido o brilho
Embaçado e empoeirado com o tempo
E nada parecia funcionar
Até o jovem animal encontrar
Escondido por entre os arbustos
Olhos que reluziam na alma
E isso fez seus vitrais postularem a cantar
Como um selvagem faminto espreita sua presa
O animal parecia se alimentar da atordoante beleza da fêmea
Beleza profunda e doce
Que o levou a um estado de serenidade
Que jazia na insanidade daquele sentimento
Mas o animal era covarde e estava cansado
A poeira de seus vitrais era espessa
E a luz não passava
Demorou e antes que ele pudesse pensar em tentar
Perdeu sua batalha interior
Como se não bastasse ele descobriu
Que era um parasita
Que se aproveitou do brilho nos olhos da fêmea
Que era para o cara de traz."
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